domingo, 14 de junho de 2015

PROFESSORA MÔNICA: UMA ESPERANÇA OFUSCADA?


Uma das maiores esperanças da política alagoagrandense encontra-se ofuscada, talvez pelo sistema político implementado em nosso município. Quem não lembra daquela mulher, professora, liderando um movimento pouco visto em nossa terra, descendo as ladeiras da praça Dom Adauto e Cônego Firmino Cavalcante indo até a Prefeitura Municipal para protestar contra o atraso de pagamento e melhores condições de trabalho para os profissionais da educação, isso se deu no final do governo do então prefeito Dr. João Bosco Carneiro, em 2000.
Aquela manisfestação tornava-se o princípio de uma virada política nos destinos de Alagoa Grande, quando elegeria um administrador jovem trazendo esperanças para toda aquela gente, Hildon Régis Navarro Filho (Bôda), atual prefeito. Toda a sociedade e principalmente a juventude acreditava que, através da firmeza e da postura aguerrida da Professora Mônica, nascia naquele instante uma grande líder que pudesse um dia ser a representante de todos os alagoagradenses. Pois, além de sua luta, junto com seus colegas de trabalhos como: Aldir, Fátima  e tantos outros, procurava divulgar muitas vezes com panfletos a necessidade que tinha Alagoa Grande de uma transformação administrativa, e assim aconteceu, o povo atendeu o clamor da época.
Mas como diz Cazuza "O tempo não para", e hoje, o mesmo sistema político, o qual ela deu "o sangue", tenta ofuscá-la, deixando-a à margem da política, pelo menos é o que observamos. Talvez, seja o momento para uma reflexão, pois há perguntas que não querem calar: Por que não dão oportunidades a pessoas inteligentes, competentes? Será que é medo de que essas cabeças pensantes possam desenvolver um trabalho eficaz e esses políticos tradicionais caiam no marasmo, no ostracismo? Será que já não é chegada a hora de dar um grito de liberdade e se desgarrar dessa submissão política? Fazer novas lideranças surgirem em nossa terra, incentivar para que haja a procura nos próximos pleitos de um cargo majoritário, de forma independente. Ou será que é melhor viver "eternamente em berço esplendido"?
"Esperar não é saber", diz o grande compositor paraibano Geraldo Vandré, e mais, "Quem sabe faz a hora, não espera acontcer". É importante que o instante em que vive nossa cidade se tome posições firmes em busca de recuperar o ar de vanguarda, pois estamos ficando para trás, retrocedendo, enquanto os municípios  vizinhos estão crescendo e se desenvolvendo, ou seja, não é por falta de condições que estamos estancados, mas por falta de zelo pela cidade, de cuidado com o crescimento.
Esperamos que a Professora Mônica não desista dos seus sonhos, pois quem tem luz própria nunca será ofuscada e que venha participar da política alagoagrandense, colocando o perfil feminino no quadro político, além de trazer para o povo de sua terra os seus pensamentos inovadores. Será que depois de tanto esforço, ter galgado um doutorado, ter assumido a Secretaria de Educação do Município tendo o respeito e admiração de professores e funcionários da instituição que a representa, ainda não está preparada para se quer ter uma indicação numa possível composição governista? Pelo que acompanhamos da política alagoagrandense, se vê claramente a não participação da secretária Mônica nos eventos em que estão presentes o prefeito Bôda, o vice prefeito Beto e Paulo da "EMATER", infelizmente, refletindo no fato de que a secretária não é vista como uma das pessoas cogitadas para fazer parte de uma futura composição política. Uma lástima.
Segundo a lei da física "toda ação tem uma reação", não percamos um potencial. Pois mesmo com toda essa turbulência política, com angústia ou não, Mônica tem competência para fazer sua história e ir em busca de novos horizontes dentro da política alagoagrandense. Poderá, inclusive, construir o seu próprio grupo político e aglutinar forças, nem que sejam oposicionistas, e ir às ruas apresentar seu projeto político para Alagoa Grande .  
O importante é podermos ver lideranças novas disputando as eleições de Alagoa Grande, contra ou juntos aos tradicionais, pois estamos necessitando de jovens na política para que mudemos o destino de nossa cidade, que está passando um momento de instabilidade política, econômica e social, praticamente sobrevivendo de programas do governo federal, além de  aposentados e pagamentos de servidores públicos e privados. É preciso libertar o nosso povo da submissão do emprego público, oferecendo-lhes igualdades de oportunidades, seja com novos empreendimentos ou estimulando a viver de forma autônoma. Sempre lembrando que tudo à base de uma Educação de qualidade.

José Gildo de Araújo
Jornalista
DRT 4580/97

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