domingo, 8 de janeiro de 2017

Eleições da Câmara Municipal: Uma Estratégia Maquiavélica

Hoje, voltaremos a falar sobre as eleições da Câmara Municipal de Alagoa Grande, desta vez sobre os seus bastidores.
Antes, gostaria de deixar bem claro que o que aqui se retrata é algo sobre a pessoa pública do representante do povo, nada tendo a ver com a convivência pessoal. Afinal, quando um cidadão ou cidadã se propõe a ser candidato(a) para algum cargo público, seja de qual natureza for, isso significa dizer que suas posições políticas estarão públicas para a sociedade, mediante os princípios da publicidade e transparência da Administração Pública. Sendo uma obrigação do representante dar satisfação ao representado (o povo), de tudo o que está ou se propõe a fazer.
Dada as considerações iniciais, continuemos.
As eleições (2017) da Câmara Municipal de Alagoa Grande foram marcadas por vários episódios dignos de um filme de espionagem americano, em que todo mundo, digo, os vereadores passaram a investigar os comportamentos uns dos outros.
Inicialmente, o grupo sobrinhista tinha a predominância, já que havia elegido 06 (seis) vereadores, enquanto o grupo oposicionista havia eleito 05 (cinco), o que ficaria com a minoria. Mas, por algum motivo de insatisfação. o vereador Edvaldo Vieira deixou o grupo dias depois das eleições.
A partir daí, o grupo do prefeito tentou convencer o vereador Duca Chaves para o seu lado, "namoro" que durou poucos dias, pois o vereador Duca observou que estaria entrando numa cilada, pois viu que o vereador Fabrício Fortunato só falava em fazer uma composição com Deda Ribeiro para os biênios 2017 e 2018 para um, enquanto 2019 e 2020 para outro.
As composições não paravam por aí...
Numa conversa com Fabiano Luz, os vereadores Duca e Edvaldo marcaram um encontro em João Pessoa com o deputado Júnior Carneiro que, de forma incondicional, apoiou a iniciativa de Fabiano Luz e os demais vereadores de oposição: Adauto de Marisa, Luiz Lucindo e Jaílton de Zumbi.
O tempo passou e o que se ouvia falar era de um grupo de oposição unido em prol das eleições de Duca e Edvaldo respectivamente para os dois biênios. Até que, próximo ao Natal, começou uma movimentação intensa por parte do grupo do prefeito Sobrinho que queria a todo custo tirar a presidência da Câmara das mãos da oposição principalmente de Edvaldo Vieira já que, pelo que se sabe, Sobrinho se sentia preocupado com o parlamentar presidindo a Câmara Municipal, pois poderia criar muito embaraço no seu governo, como exemplo, procrastinar projetos enviados ao Poder Legislativo e que precisa de uma tramitação mais rápida.
Ao observar tudo isso, o grupo do situacionista passou a investir "pesadamente" no vereador Jaílton de Zumbi, o qual de forma surpreendente, depois de ter almoçado três dias antes com o deputado Júnior Carneiro e ter se comprometido em votar na chapa da mesa diretora da oposição, resolveu votar na chapa encabeçada por Marcelo de Canafístula e Cláudio Barbosa para os dois biênios.
Essa chapa, apresentada pelo grupo do prefeito, foi a melhor encontrada, já que parte dos vereadores da situação, leia-se Ronaldo Marques e Marcelo, falou abertamente que não votariam no vereador Fabrício Fortunato para presidir a "Casa Francisco Luiz de Albuquerque Mello".
Nesse entremeio, um fato chamou atenção logo após as eleições, e foi relatado por alguns vereadores de oposição como Duca Chaves, Adauto de Mariza e Edvaldo Vieira.
Acontece que um determinado parlamentar da situação fez vários contatos com eles no sentido deste vereador situacionista compor a chapa com a oposição, o qual o acordo se daria da seguinte maneira: O tal vereador seria presidente no primeiro biênio, e o segundo biênio seria dividido entre Duca Chaves e Edvaldo.
Os oposicionistas, segundo o vereadores citados, só aceitariam a “oferta” se o determinado vereador sobrinhista votasse na oposição para o primeiro biênio, de modo que o situacionista só assumiria no segundo biênio. Ele não aceitou, pois iria causar um verdadeiro tumulto na posse, podendo haver até pancadarias.
Então, fez a seguinte proposta: "Vocês votam em mim, e depois votarei em vocês". Um dos vereadores ainda perguntou: “E como ficará Sobrinho?”, a resposta foi: “Não terá nenhum problema, pois ele torce para que eu seja presidente.”
Segundo esses vereadores de oposição, ao comunicar a proposta ao deputado Júnior Carneiro, o carneirista foi enfático: "É preferível perder com honra do que ganhar e depois perder". "Mantenham a chapa do jeito que está". E assim foi feita.
Segundo um vereador correligionário do prefeito, em uma conversa informal, afirmou que ao entregar a chapa para o tal parlamentar assinar, ele simplesmente ignorou; pois, provavelmente, tinha a esperança de ser presidente, já que existia uma outra chapa em branco só esperando a sua decisão para realização da eleição da mesa.
Tudo isso aos olhares de todos presentes. Seria algo estapafúrdio ! Isso nos faz lembrar Nicolau Maquiavel, filósofo Italiano, que ficou marcado pelo seu maquiavelismo, cujo significado segundo dicionário Aurélio é oportunismo.
Se todo esses embaraços viessem a acontecer seria um fato histórico, pois o prefeito Antonio Sobrinho e seus vereadores e seguidores sairiam dali frustrados com o ocorrido.
Por isso é que se diz que em política tudo pode acontecer. Casos como esses terão, sem sombras de dúvidas, vários desdobramentos; inclusive, poderá causar uma grande fissura entre o parlamentar e o grupo do governista. E quem conhece o prefeito sabe que ele não é de perdoar quem comete falta de ética política com ele, principalmente, se for pessoas de sua "confiança".

RAPIDINHA 1
MAIS RECONHECIMENTO
O deputado João Bosco Carneiro Júnior foi homenageado esta semana na cidade de Sapé. Essas honrarias têm sido mais do que justa, já que o parlamentar alagoagrandense tem desenvolvido um trabalho com eficácia na Assembleia Legislativa. Isso já são os frutos que o deputado começa a colher pelo que tem plantado em prol do povo paraibana. Júnior Carneiro tem realizado um trabalho exemplar na "Casa de Epitácio Pessoa", o que deixa a todos os alagoagrandenses e paraibanos extremamente orgulhosos. Torcemos que continue com essa performance.

RAPIDINHA 2
FOGO AMIGO
Um grupo de vereadores da oposição estão demonstrando bastante insatisfação com o ex-vereador e ex-candidato do grupo a prefeito de Alagoa Grande, na última eleição, Josildo Oliveira. Muitos desses parlamentares acusam Josildo de ter articulado a derrota dos vereadores Duca Chaves e Edvaldo Vieira à presidência da Câmara Municipal.

RAPIDINHA 3
NERVO A FLOR DA PELE
Ainda sobre o mesmo fato, alguns vereadores de oposição abalados com a derrota, alegam que se o deputado Júnior Carneiro não tomar nenhuma providência, em relação ao comportamento de Josildo Oliveira, poderão deixar o barco carneirista, pois já tem vereador dizendo: " Se ele ficar, eu saio".

RAPIDINHA 4
LENHA NA FOGUEIRA
Uma fonte fidedigna nos informou que o ex-candidato Josildo Oliveira telefonou para o vereador Marcelo para parabenizar pela sua vitória, fato que só veio colocar "lenha na fogueira" no relacionamento de Josildo e esse grupo de vereadores que já começam a pedir a "cabeça" do ex-vereador.




RAPIDINHA 5
O PREFEITO DE ZUMBI
Um secretário do atual governo municipal nos informou que a proposta para o vereador Jaílton votar na chapa da situação foi simplesmente ser o "Prefeito de Zumbi", ou seja, todos os cargos daquele distrito terá que ter o aval do parlamentar zumbiense.






RAPIDINHA 6
O NÚMERO 1

Na posse do secretariado do governo Sobrinho o mais aplaudido foi Dagoberto Fernandes, Nenen de Augustinho. Também, o homem de maior confiança do prefeito. Parabéns a Nenen. Esperamos que realize um bom trabalho à frente da Secretaria de Infraestrutura.






RAPIDINHA 7
COMEÇOU BEM
O presidente da Câmara de vereadores de Alagoa Grande, Marcelo de Canafístula, começou muito bem sua administração. Pelo menos, já se fala que Marcelo começou a colocar funcionários que estavam sem trabalhar  para exercer suas funções. Ponto para Marcelo.

JOSÉ GILDO DE ARAÚJO
JORNALISTA
DRT 4580/97

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